20/5/2013 - Primeiro dia...
Eu bem que tentei, a ideia era ir publicando os acontecimentos da viagem ao menos uma vez por dia, mas não deu. Assim, vamos por aqui mesmo. Vou tentar contar um pouco do que aconteceu com nove malucos, alguns que conheci apenas no aeroporto de Cumbica, que sobre duas rodas venceram muitas milhas, por estradas de três estados dos Estados Unidos da América.
Eu bem que tentei, a ideia era ir publicando os acontecimentos da viagem ao menos uma vez por dia, mas não deu. Assim, vamos por aqui mesmo. Vou tentar contar um pouco do que aconteceu com nove malucos, alguns que conheci apenas no aeroporto de Cumbica, que sobre duas rodas venceram muitas milhas, por estradas de três estados dos Estados Unidos da América.
Tarde de domingo. Aeroporto do
Guarulhos tranquilo. Eu voltava de uma Maratona de Revezamento, ocorrida no
Litoral Norte de São Paulo, meu pé estava destruído, viajei de havaianas.
Quando estacionava o carro recebi uma ligação dando conta que quase todos já
estavam por lá e a American Airlines havia solicitado a entrada para área de
embarque o quanto antes, alegava que a fila para o raio-X estava grande. Mudei
os planos, como minha família me acompanhou, fui direto para o embarque e pedi
para minha mulher estacionar o carro. O Marcelo me aguardava no check in, ele
liberou o resto do grupo para entrar e me fez companhia no desembaraço do embarque,
junto a Cia aérea. Ainda deu tempo de despedir de minha mulher e filhos. A
história da fila era balela.
Entramos para área de embarque e
passamos pelo Raio-X sem maiores problemas. Seguimos a procura do grupo,
estavam todos em bar, na área internacional, cada um com copo de chope de quase
500ml. Logo imaginei se está assim no aeroporto imagine daqui uns dias e foi
mais ou menos isso.
Senti falta de um dos membros do
grupo, o Murilo, ele seria meu companheiro de quarto. Perguntei dele e o clima
ganhou um ar soturno. Algumas horas antes o Maurício, espécie de gerente da
vigem, havia recebido um telefonema dando conta de que o Murilo havia sido
hospitalizado, com sérios problemas de saúde. Naquele momento tentei ligar pra
ele, mas sem sucesso. Todos já haviam tentado com o mesmo resultado, mas, a
viagem continua...
Apareceu um problema novo. Como
dividiríamos os quartos, fizemos as reservas metade cada um, ou seja serão
8 hotéis, eu fiquei com 4 e o Murilo com
o restante.
Primeira foto do grupo, ainda no aeroporto. O primeiro bar |
Ali mesmo, com um enorme copo de
chope na mão liguei para a CIa de turismo e tentei transferir as reservas para
o meu nome. Depois de uma eternidade ao telefone a atendente disse que seria
difícil, mas retornaria por e-mail no dia seguinte. Preocupados com a situação
seguimos para o embarque. Outro bar e mais cerveja, nessa altura alguém já
havia passado no fere shop e rolava também vodka e uísque.
Deixamos uma pequena fortuna no
aeroporto, eles aproveitam a falta de concorrência e executam verdadeiros
assaltos nas lanchonetes, lembro que uma das contas ficou em cerca de R$ 90,
por dois sanduiches e uns dois copos de coca cola ou coisa parecida. Mas, no
inicio da viagem tudo era festa e reclamamos pouco. Esperávamos a chamada para
entrar no avião, nem todos estavam por perto, bebemos muita cerveja enquanto
esperamos e a procura pelo banheiro era grande, por isso alguém sempre estava
longe do grupo.
A funcionária anunciou o voo,
chamou nosso grupo de embarque e lá fomos nós. O avião estava lotado, não havia
sequer uma cadeira vazia. Levamos pouca bagagem, pois nos primeiros dias
estaríamos de moto e não teríamos como carregar quase nada, talvez por isso não
tivemos problemas com os bagageiros cheios, sentamos e esperamos a decolagem.
Como fui o último a aderir à
viagem não consegui lugar próximo ao grupo e nem janela ou corredor, viajei
cerca de 12 horas entre um gordinho branquelo e um tipo um tanto executivo, com
fones de ouvido o tempo todo. Lembrei dos voos da Webjet para Brasília,
apertado feito ônibus em São Paulo, na hora do rush.
O voo foi um horror, essa
tendência de baratear passagens e aumentar o número de passageiros chegou à American Airlines, eles estão piores que nós. Diante disso a TAM é um espetáculo. Três
dos amigos do nosso grupo têm cerca de dois metros de altura e por consequência
pernas longas, imaginem o que sofreram até chegar a Dalas, cidade da nossa
escala. Lá tivemos de pegar a bagagem e fazer check in novamente e, dessa vez,
passar pelo crivo da Aduana Americana. Operação de guerra: forma fila; para
antes da faixa vermelha; tira sapatos, cintos e tudo que tiver nos bolsos.
Claro que não seguimos muito a risca e por isso fomos advertidos algumas vezes,
porém em inglês, não doeu muito foi até engraçado. Na hora da entrevista a fila
estava enorme, mas uma senhora da imigração anunciou que quem estava na conexão
do voo para Los Angeles deveria sair da fila e segui-la.
Assim fizemos, ganhamos um tempão. Foi a primeira experiência para os que não falavam nada em inglês se virarem sozinhos, na hora da entrevista não podíamos acompanhar, ela foi feita individualmente. Mas o pessoal é safo, acostumado a dar nó em gota d`água, pelas quebradas da zona norte e passaram todos ilesos.
Assim fizemos, ganhamos um tempão. Foi a primeira experiência para os que não falavam nada em inglês se virarem sozinhos, na hora da entrevista não podíamos acompanhar, ela foi feita individualmente. Mas o pessoal é safo, acostumado a dar nó em gota d`água, pelas quebradas da zona norte e passaram todos ilesos.
Chucke Liddell pediu para tirar uma foto com Rodrigo |
No aeroporto de Dalas, enquanto
caminhávamos para o embarque, um dos membros do grupo, o mais jovem, o Rodrigo
que é professor de Mai Tai e luta MMA, saiu caminhando rapidamente na direção
de um sujeito enorme, feio de doer, ao longe percebi que eles se cumprimentavam
e posaram para uma foto, me aproximei e descobri tratar-se do Chucke Liddell,
Campeão de MMA, que seguiu para Dalas no mesmo voo que nós. O Rodrigo sacou seu
inseparável celular e rapidamente envio a foto para o Facebook, minutos depois
já somava inúmeras curtidas dos amigos lutadores.
O voo doméstico de Dalas para Los
Angeles foi tão ruim quanto o outro, porém mais rápido. Já no aeroporto nos
separamos, um grupo foi buscar a Van enquanto o resto aguardava por lá mesmo.
Alguns minutos depois chegaram e embarcamos em direção a uma loja de
assessórios para motociclista. Como já
falei anteriormente, levamos pouca bagagem, alguns nem jaqueta e luvas levaram,
esses itens seriam muito importantes, pois no dia seguinte pegaríamos as motos
e seguiríamos viagem. O Maurício, impecável na organização, já havia colocado o
endereço da loja no GPS da Van e nosso primeiro motorista, o Mário, já duelava
com a sinalização local. “Onde está escrito STOP é pra parar” lembra o
cuidadoso chofer. A loja era muito longe, aliás, tudo lá é longe. Como as
cidades foram planejadas eles dividiram o espaço urbano de acordo com a atividade,
mora-se numa determinada região e o comércio básico fica em outra. A coisa é
bem segmentada. Assim, atividades relacionadas ficam agrupadas, com é o caso de
veículos, oficinas, lojas de peças, revendas e similares que se agrupam numa
mesma região, normalmente distantes de segmentos não relacionados.
Mário, Maurício, Marcelo Oliveira, Marcelo Bruçó, Sérgio. Luiz Mauro, Renato e Charles em solo americano. |
A loja de assessórios e capacetes
era enorme, estavam dispostos para quem quisesse capacetes, jaquetas, luvas e
os mais diversos assessórios, todos ao alcance das mãos, sem que nenhum
vendedor influenciasse na escolha. Me senti na 25 de março e vi cada um de nós
como uma daquelas sacoleiras, que têm de comprar rápido pois a lotação vai
partir dentro de alguns minutos. Depois de algum tempo, todos com casacos,
capacetes, luvas e outros “brinquedinhos” nas mãos, estavam na frente do caixa
diante de um jovem sério que falava apenas inglês, mas que rapidamente
compreendeu a língua e a força dos nossos dólares. Esforçou-se para atender a
todos e aos incessantes pedidos de desconto, mesmo sem poder abateu algo nos
insistentes “no paper”, “give discont”, como se fosse possível pagar menos por
algo que não se emite nota, na terra do Tio San toda taxa é cobrada
concomitantemente ao ato da venda.
Naquela noite não morreu ninguém, ao menos que saibamos |
Seguimos para hotel. O endereço
foi escolhido estrategicamente, ficava próximo da loja da Harley Davidson e da
empresa onde alugamos as motos. No dia seguinte, logo sedo, passaríamos pela
Harley para terminar a compra de jaquetas e botas, devolveríamos a Van e pagaríamos
as motos. O GPS resolveu nos pregar uma peça e fez um tour pela periferia de Los
Angeles. Rodamos quase uma hora por áreas urbanas com ocupações distintas, ara
algo sombrio, digno de filmes de suspense e violência. Estávamos em L. A. e tudo
lá lembra cenários de filmes. Passamos por ruas onde podíamos ver gangues
reunidas em volta de um carrão e ao perceberem a aproximação da Van voltavam-se
para nós com olhares desconfiados e desafiadores. Nesse momento aceleramos.
Mesmo contrariando a orientação do GPS voltamos para a avenida principal onde
nos sentíamos mais seguros, ele recalculou a rota e seguimos. A paisagem mudou.
Agora a presença de latinos era predominante. Uma coisa chamou nossa atenção,
todas as casas e lojas tinham grades na janela. Já vi isso em algum lugar.
Depois de rodar por algum tempo chegamos ao hotel, custamos a acreditar que o
local era aquele mesmo. Sabem aqueles filmes em que o fugitivo entra num hotelzinho
à beira da estrada, estaciona o carro em frente ao apartamento e no dia
seguinte alguém é assassinado no quarto acima, no primeiro andar? Era
igualzinho. A recepção ficava distante do complexo de apartamentos e a pessoa
que nos atendeu era tão estranha quanto o resto.
O primeiro jantar num restaurante mexicano. |
Nos registramos e cada um acompanhado
de seu companheiro seguiu para o apartamento, para nossa surpresa o quarto era
ótimo, amplo, limpo e com todos equipamentos de conforto que precisávamos. Logo depois que saímos da loja passamos por um
mercado e compramos algumas bebidas e algo para comer. Depois de instalados
fomos para o quarto do Marcelo Bruçó e do Charles. Lá os nove malucos deram
inicio ao que seria a temática de todo o fim de tarde durante a viajem: o
momento “Drink do Verão”. (O Drink do Verão é composto por vodca ou uísque, energético
e muito gelo, que nos hotéis americanos encontra-se com abundância em máquinas
espalhadas pelos corredores. A receita é do Bruçó). Jantamos numa espelunca
mexicana nas imediações do hotel e fomos pra cama que no dia seguinte a festa começaria.
Componentes do Drink do Verão |
Depois eu conto o resto aguardem
AIII SIM !!!!! TERMINA LOGO ESSE BLOG......E MANDA O VÍDEO... PENSEI QUE JÁ TIVESSE PRONTO !!!! kkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirPortuguês trabalho igual traficante, dou pequenas doses o resto tem de ser conquistado.
ExcluirBoa narrativa, Sr Renato. Mandou bem. Até parece jornalista...
ResponderExcluirUau!!! que legal, interessante, bela narrativa..... ......manda logo o resto.....
ResponderExcluirVai que tá interessante!!!!
ResponderExcluirQual o nome e endereço dessa loja gigantesca de peças acessórios de motos? Têm site
ResponderExcluirCara, não tenho certeza, mas acho que é essa aqui:
Excluirhttp://www.chaparral-racing.com/
Bartel's, em Marina del Rey, aposto.
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