24/05/2013 - Quinto dia ...
Dormimos feito anjos, se é que
anjo dorme, o meu quase não dormiu nessa viagem, por que dormir em dólar não
compensa. Cedinho todos em pé. Assim como o hotel, o café da manhã estava ótimo,
conheci uma máquina de panqueca que me encantou, era um trambolho de aço inox,
de mais ou menos 40 cms, com um adesivo bem colorido, de panquecas com aquela
calda melada escorrendo, cobrindo sua frente. Havia um botão que ao ser
pressionado liberava uma esteira rotativa, dentro da geringonça e numa das
extremidades expelia uma panqueca quentinha, feita na hora. Sucesso geral, em
cada prato havia uma panqueca. O problema não era a panqueca e sim a calda, foi
tema de discussão: do que será que é feito isso? Eu já estava até gostando do
café dos caras, quando se mistura o creme fica bom. Comemos, nos lambuzamos da
calda e fomos pra estrada.
Passeio turístico em Santa Barbara |
Desviamos um pouco do litoral e
seguimos por estradas urbanas onde era possível desenvolver maior velocidade, o
sol ardia, meu capacete era aberto e a essa altura o nariz estava tão vermelho
quanto ao da rena do papai Noel. Fui socorrido pelo Sergio, sujeito branquinho
que tinha sempre à mão um tubo de protetor solar, não fosse ele estaria ardendo
até agora. Rapidamente chegamos a Santa Barbara, cidade maior, mas ainda com
ares de recanto. Essa lembrava Floripa, no caminho vi vários bares, equipados
com lounges, próprios para tomar vinho. Claro, a região é produtora e tudo gira
em torno disso. Um charme, não fosse tão cedo teria parado para ver qual que
era. Seguimos pelas ruas da cidadezinha observando cada canto, o caminho
terminava no mar e, pela primeira vez nessa jornada, vi uma praia parecida com
as nossas, calçadão, jardim com palmeiras, grande faixa de areia e alguns banhistas
quarando ao sol. Mas, o ponto nevrálgico do local era adivinhem quem? O Pier.
Esse mais sofisticado que os demais, podíamos subir de caro ou moto, havia
estacionamento e uma série de bares, restaurantes e lojinhas, claro. Lá de cima
viam-se as praias a orla, tudo muito bem arrumado, limpo e até cheiroso. Não
havia muita gente, mas para uma sexta feira às 13h até que o movimento era
grande. Como já havia passado do meio dia, sentamos num daqueles bares de set
cinematográficos, pedimos um vinho, algo para beliscar e fizemos parte da
paisagem. Mas, foi caro.
Pier de Santa Barbara, bares e restaurantes sofisticados |
Na ocasião, inclusive,
aproveitamos pra comemorar o que poderia ter sido um acidente e não foi. Mais
uma vez a perspicácia e malemolência do pessoal da ZN falou alto. Na estrada estávamos
filmando com uma dessas câmeras, Go Pro, usadas em esportes de ação. Eu tinha
uma delas presa a minha moto e conforme seguíamos íamos captando nosso grupo e
a paisagem. Num determinado momento o Sergio se aproximou de mim, para mostrar
uma paisagem boa para gravar, ele ficou a minha direita, um pouco para traz.
Então, eu diminui a velocidade e me aproximei dele para tentar ouvi-lo, creio
que ele não esperava minha aproximação e saiu rapidamente para a direita em direção
ao acostamento, porém a pista não tinha acostamento. Mas a “malandragem” dos caras
mais uma vez se fez presente, uma vez no mato ele manteve a calma, não usou o
breque, controlou a moto, voltou a estrada e seguimos viagem. Grande linguiça!
Neptune's Net: point de Malibi |
Voltamos para Big Sur, estávamos de
novo seguindo a orla do Pacífico, e como é bom sentir a brisa gelada no rosto
aquecido pelo sol. Entramos na área de Malibu, já era possível ver surfistas
nas pequenas praias pelo caminho. Apesar do sol forte a temperatura era fria e
ventava muito aumentando a sensação térmica, os surfistas pegavam ondas
vestidos com neoprenes, para aquecê-los. Nós, improvisávamos nas motos, mas a
cada parada era um tal de tira tudo...
Chegamos ao Neptune's Net, restaurante
de beira da estrada, com ambiente bem informal, ponto de encontro de descolados
da costa oeste, é comum ver entre surfistas e motoqueiros gente famosa e
destaques do high society da gringolândia,
não vimos ninguém ao menos que eu conhecesse. Paramos nossas motos à frente do
restaurante, que devido ao grande número de motoqueiros que passa por ali,
reserva uma área específica para estacionarmos nossas máquinas. Acho que nessa
viagem não passei um dia sem hambúrguer, eu e meu companheiro Rodrigo, mandamos
ver na iguaria. Apesar da especialidade do restaurante ser frutos do mar, que a
maioria comeu, eu e o Rodrigo fomos fieis ao “Doble Chesseburguer”. Estava
ótimo. Todos abastecidos seguimos viagem. Alguns quilômetros, já próximo ao
centro de Malibu, uma barraca de frutas chamou a atenção de alguém do grupo,
que se encontrava no fim da formação, fez um sinal aos demais e voltou até lá,
dois ou três seguiram com ele, os demais pararam num dos mirantes da estrada e
aguardaram. Minutos depois eles voltaram com algumas caixas com enormes
morangos e cerejas doces como nunca vi. Rolou em piquenique ali mesmo. O que
não conseguimos consumir ali levamos para próximo o hotel a fim de compor o
Drink do Verão daquela noite.
Lá não se beb nas praias, que chato. |
O caminho nos levava a Santa
Monica, nosso próximo destino. A via cortava agora a área urbana de Malibu,
passamos por alguns balneários e voltamos para estrada novamente. O hotel de
Santa Monica era uma espécie de flet, meu apartamento tinha até churrasqueira.
Houve uma ameaça de organização de um churrasco, mas foi abandonad
Super banda em Santa Mônica |
Santa Monica foi unanimidade,
Agradou a todos, apesar de ficarmos pouco tempo e termos saído do hotel só à
noite para jantar, deu pra conhecer um pouco da cidade, que tem a vida noturna
das grandes metrópoles. Próximo a um calçadão que termina num enorme shopping,
com lojas das principais grifes do mundo, tem uma infinidade de bares,
restaurante e pubs, todos lotados. Escolhemos um pubezinho, com mesas na
calçada e demos inicio aos trabalhos. A essa altura eu já tinha preferência por
algumas cervejas e comecei com a IPA da Firestone, pedimos umas asinhas de
frango temperadas com muita pimenta, fato que aumentou a sede da rapaziada. Por
trás das mesinhas onde estávamos, voltada para o interior do bar, havia uma
enorme janela que funcionava como balcão, mas devido a estarmos ocupando a área
toda o balcão ficou inutilizado. De repente, percebemos uma movimentação lá
dentro, próxima a janela, era uma banda se preparando para tocar. Demos sorte,
literalmente sentamos na janelinha. Os caras trouxeram teclado, bateria, baixo,
guitarra, trompete, trombone e mais umas figuras que nem sei o que faziam e uma
criola, gordinha, que no microfone mandava ver um repertório variado, do rock aos
clássicos do funk, uma maravilha! Sabe quanto pagamos por isso? Nada, apenas o
que comemos e bebemos.
Um dos molhores botecos da viagem, em Santa Mônica |
Santa Monica é o termino da
célebre Rota 66, que sai de Chicago, atravessa nove estados e termina em Santa
Monica, são 3.755 Km. O Sr. Google me
disse que ao longo dela surgiu o conceito do fast food, a primeira loja do Mac
Donalds, em São Bernardino e o primeiro drive thru, do Red’s Giant Hamburgs in Springfield,
Missouri.
No dia seguinte fomos para San
Diego, mas antes passamos em Los Angeles, onde devolvemos as motos, pagamos uma
Van e fomos por os pés na calçada da fama.
A Saga continua.
Clique nas fotos para ampliar:
TOP Meu parceiro de DOuble Burguer !!
ResponderExcluirEstou Fiel ao Blog.