Ao menos 11 dos detidos são policiais em cidades do interior paulista; ainda há 11 mandados a serem cumpridos
Solange Spigliatti - estadao.com.br
Pelo menos 22 pessoas foram presas na região de Jaú, no interior de São Paulo, acusadas de participar de um esquema de contrabando de peças de caça-níqueis. A exploração contava com a corrupção e apoio de policiais civis, segundo o Ministério Público. Entre os acusados estão três delegados - o ex-diretor do Deinter de Bauru, o delegado seccional da Polícia Civil de Jaú e um delegado de Rio Claro -, seis investigadores, um agente e um policial militar. O bando responde por formação de quadrilha, corrupção passiva, facilitação de contrabando e prevaricação.
A operação dos ministérios públicos Federal e do Estado, da Procuradoria da República em Jaú e da Polícia Federal de Bauru está cumprindo buscas e apreensões nas casas dos acusados e em escritórios de advocacia. Serão cumpridos 33 mandados de prisão, segundo a assessoria. A Justiça já determinou também a exoneração do delegado seccional de Jaú.
De acordo com o MPF, durante investigações foi descoberta a existência de quatro grupos criminosos desse ramo, contando com respaldo de policiais civis e um PM, desde 2006. O grupo de Jaú, que entregava e explorava as máquinas, era associado a outro, composto também por advogados, com base em Rio Claro, que importava as máquinas com as peças contrabandeadas.
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