terça-feira, 31 de março de 2009

Confronto entre policiais: Serra, o manipulador, e seus capangas


Federação dos Bancários da CUT-SP - SP - NOTÍCIAS - 30/03/2009 - 11:25:05

A Corregedoria da polícia Civil de São Paulo que apura o confronto entre Policiais Civis e Militares ocorrido em outubro de 2008 e resultou em vários feridos de cada lado, aponta como responsáveis pelo conflito o Governo do Estado e a Polícia Militar.
Naquele momento, o governador José Serra responsabilizou as Centrais Sindicais, dentre elas a CUT, pelo confronto, por terem participado do ato em solidariedade aos servidores da Polícia Civil.
No dia 18/03/2009, o caderno Metrópole do Jornal O Estado de São Paulo, traz matéria na qual informa que a PM já havia comunicado que a manifestação dos policiais civis nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes apresentava sinais de tensão.
A informação foi encaminhada ao “Gabinete de Crise” do governo composto pelos diretores da Polícia Civil, Coronéis da PM, e os secretários Luiz Antonio Marrey (Justiça), Ronaldo Marzagão (Segurança, hoje, ex-secretário que pediu demissão após denuncias contra seu adjunto e também pela condução desastrosa do confronto entre as policiais Civis e Militares), Sidney Beraldo (Gestão), reunidos na ocasião com o governador Serra.
A demissão de Marzagão foi uma prova confessional da incompetência do governador José Serra para administrar a segurança pública e resultado da aversão ao diálogo com a sociedade. Mais uma vez, ele transferiu a responsabilidade na ânsia de mascarar sua falta de habilidade para dialogar. Quem pretende ser candidato à presidência da republica, não pode viver em um castelo, distante da sociedade.
Conforme cita o jornal O Estado de São Paulo, que teve acesso ao inquérito sobre o confronto, há depoimentos de policiais militantes dizendo que foram usados como “iscas” e que não havia disposição do governo para estabelecer uma mesa de negociação.
É importante lembrar que o governador Serra é conhecido pelo seu “Maquiavelismo” e, por perseguir adversários. No caso da CUT, não é a primeira vez que ele tenta responsabilizar a Central e os movimentos sociais por sua incompetência, contando para isso com a colaboração de seus amiguinhos no PIG (Partido da Imprensa Golpista).
Na greve dos Policiais Civis, cuja verdade para agora vir à tona, por exemplo, o SP TV, da Rede Globo, abriu espaço para o governador sem escutar a opinião da CUT.
Este factóide do Serra aconteceu quando seu candidato nas eleições municipais, Gilberto Kassab, disputava o segundo turno com Marta Suplicy.
Precisamos ficar atentos, pois, esta não será a última vez que o Serra utilizará de suas parcerias com a mídia para envolver a CUT e os movimentos sociais em suas armações. Por isso temos que ficar atentos para responder.
Ao iniciamos os debates regionais da conferência nacional de comunicação, temos de estar cientes de que os trabalhadores, ao lado do conjunto dos movimentos sociais, devem aprofundar a pressão pela democratização da mídia por meio do acesso a canais que permitam apresentar diferentes visões e não apenas a de quem tem rabo preso com uma diminuta fatia da sociedade.
Sebastião Cardozo, presidente da CUT-SP e da FETEC/CUT-SP

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